Bento XVI propõe Ano Bíblico e Semana anual da Bíblia para o Oriente Médio

Freira segura uma bandeira do Líbano e uma vela durante passeata pela união entre muçulmanos e cristãos
em Beirute, capital libanesa

"Segundo as condições pastorais de cada país da região, poderia eventualmente ser proclamado um Ano Bíblico e ser seguido, se isto for oportuno, por uma Semana anual da Bíblia". É uma proposta do Santo Padre, expressa no ponto 74 da exortação "Ecclesia no Oriente Médio" para ajudar os cristãos "dos países bíblicos do Oriente Médio" no conhecimento mais profundo da Bíblia.

"As escolas exegéticas de Alexandria, de Antioquia, de Edessa ou de Nisibi contribuíram potentemente com a inteligência e coma formulação dogmática do mistério cristão nos séculos IV e V. Toda a Igreja é grata por isso. Os defensores das diversas correntes de interpretação dos textos concordavam sobre alguns princípios tradicionais da exegese, comumente admitidas pelas Igrejas do Oriente e do Ocidente. O mais importante é crer que Jesus Cristo encarna a unidade intrínseca

dos dois Testamentos e consequentemente a unidade do desígnio salvífico de Deus na história (cfr Mt5, 17).", recorda a exortação no ponto 70.

Seguindo uma grande história e tradição no Oriente Médio, na exortação, o Papa pede para "atuar de modo apropriado uma verdadeira pastoral bíblica", e explica: "Reencontrando a linfa das origens seguindo os primeiros discípulos, escolhidos por Jesus para serem os seus companheiros e para enviá-los a pregar (cfr Mc3, 14), a presença cristã terá um novo impulso. Para que a Palavra de Deus seja a alma e o fundamento da vida cristã, a difusão da Bíblia nas famílias favorecerá a leitura e a meditação cotidiana da Palavra de Deus (lectio divina). Além disso, o Papa encoraja o desenvolvimento de novas estruturas da comunicação e a formação. (AA/JS)

Fonte: Gaudium Press