Mãos erguidas em agradecimento pelas graças alcançadas e orações por vidas melhores. Os romeiros que durante dez dias renderam homenagens ao santo símbolo da humildade e da fraternidade, São Francisco, que é de Assis, das Chagas, e nesses dias, no Ceará, mais intensamente de Canindé, despediram-se, ontem, dos festejos no município do Norte do Estado. A estimativa da Igreja é que 800 mil pessoas passaram pela cidade. Porém, a quantidade é 20% inferior aos anos anteriores, quando cerca de um milhão de fiéis comparecia à festa.
Apesar do menor número, milhares de romeiros lotavam as ruas da cidade. Devotos de diferentes lugares, com distintos pedidos e agradecimentos, e sobretudo, fortes demonstrações de devoção ao santo protetor da natureza. A procissão, que ocorreu após a missa das 17h na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, ontem, percorreu as principais ruas de Canindé. No cortejo, o andor com a primeira estátua de São Francisco a chegar a Canindé, que tem 62cm, foi carregado e ovacionado pelas ruas.
Para hoje, está prevista para as 12h uma solenidade de arriamento da bandeira e a tradicional bênção dos chapéus em frente ao maior Santuário Franciscano da América. Durante os dez dias, foram celebradas 100 missas, além de novenas e batismos.
Dados parciais da Operação Romaria Segura da Polícia Rodoviária Federal no Ceará (PRF-CE) informam que, do início da fiscalização - no dia 6 - até sábado (18), 51 veículos do tipo pau-de-arara, com o transbordo de 823 pessoas, foram barrados por não cumprirem as normas previstas na legislação, sobretudo, no que se refere à segurança.
Impactos
Para a Arquidiocese o impacto da fiscalização rigorosa foi bem maior, já que além dos veículos impedidos de seguir rumo à Canindé, muitos fiéis deixaram de comparecer por não terem outro meio de transporte. O pároco e reitor do Santuário de São Francisco das Chagas, frei João Amilton dos Santos, avalia que, neste ano, apesar dos constrangimentos com a fiscalização dos carros irregulares, a romaria transcorreu de forma positiva.
"É normal que se fiscalize, é normal que os carros andem em ordem porque estão carregando vidas, mas não como perseguição como houve neste ano. Romeiros chegaram até nós desabafando com muita aflição. Cada um tem o direito e a liberdade de ir e vir, mas você ser tratado como marginal e ter que andar escondido, ser escoltado, menosprezado, é constrangedor".
Frei Amilton disse ainda não acreditar que somente 51 veículos foram barrados nas rodovias. "A nossa estimativa é que, na verdade, foram proibidos 200 veículos. Nós calculamos que 30 a 40 mil romeiros não conseguiram vir a Canindé", reforçou.
O arcebispo de Fortaleza, dom José Aparecido Tosi, que, ontem a tarde, presidiu a missa de encerramento, avalia que a fiscalização é necessária, mas alega que faltou diálogo com a Igreja para que fossem pensadas soluções, além de defender que houve confrangimento de fiéis. Para ele, o translado dos romeiros precisa ser discutido para que sejam garantidas as manifestações populares de fé.
O arcebispo acrescentou que a preocupação com o deslocamento é justa, mas que a atenção também precisa ser direcionada para as condições em que os romeiros chegam e são acolhidos em Canindé porque a fraternidade não pode estar subordinada a ideologia ou partidarismo.
A intensificação da fiscalização decorreu de recomendação expedida pelo Ministério Público Federal e Estadual às polícias rodoviárias com uma série de medidas para garantir a segurança de romeiros que participam de festas religiosas, evitando acidentes, muitos deles fatais.
Apesar do menor número, milhares de romeiros lotavam as ruas da cidade. Devotos de diferentes lugares, com distintos pedidos e agradecimentos, e sobretudo, fortes demonstrações de devoção ao santo protetor da natureza. A procissão, que ocorreu após a missa das 17h na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, ontem, percorreu as principais ruas de Canindé. No cortejo, o andor com a primeira estátua de São Francisco a chegar a Canindé, que tem 62cm, foi carregado e ovacionado pelas ruas.
Para hoje, está prevista para as 12h uma solenidade de arriamento da bandeira e a tradicional bênção dos chapéus em frente ao maior Santuário Franciscano da América. Durante os dez dias, foram celebradas 100 missas, além de novenas e batismos.
Dados parciais da Operação Romaria Segura da Polícia Rodoviária Federal no Ceará (PRF-CE) informam que, do início da fiscalização - no dia 6 - até sábado (18), 51 veículos do tipo pau-de-arara, com o transbordo de 823 pessoas, foram barrados por não cumprirem as normas previstas na legislação, sobretudo, no que se refere à segurança.
Impactos
Para a Arquidiocese o impacto da fiscalização rigorosa foi bem maior, já que além dos veículos impedidos de seguir rumo à Canindé, muitos fiéis deixaram de comparecer por não terem outro meio de transporte. O pároco e reitor do Santuário de São Francisco das Chagas, frei João Amilton dos Santos, avalia que, neste ano, apesar dos constrangimentos com a fiscalização dos carros irregulares, a romaria transcorreu de forma positiva.
"É normal que se fiscalize, é normal que os carros andem em ordem porque estão carregando vidas, mas não como perseguição como houve neste ano. Romeiros chegaram até nós desabafando com muita aflição. Cada um tem o direito e a liberdade de ir e vir, mas você ser tratado como marginal e ter que andar escondido, ser escoltado, menosprezado, é constrangedor".Frei Amilton disse ainda não acreditar que somente 51 veículos foram barrados nas rodovias. "A nossa estimativa é que, na verdade, foram proibidos 200 veículos. Nós calculamos que 30 a 40 mil romeiros não conseguiram vir a Canindé", reforçou.
O arcebispo de Fortaleza, dom José Aparecido Tosi, que, ontem a tarde, presidiu a missa de encerramento, avalia que a fiscalização é necessária, mas alega que faltou diálogo com a Igreja para que fossem pensadas soluções, além de defender que houve confrangimento de fiéis. Para ele, o translado dos romeiros precisa ser discutido para que sejam garantidas as manifestações populares de fé.
O arcebispo acrescentou que a preocupação com o deslocamento é justa, mas que a atenção também precisa ser direcionada para as condições em que os romeiros chegam e são acolhidos em Canindé porque a fraternidade não pode estar subordinada a ideologia ou partidarismo.
A intensificação da fiscalização decorreu de recomendação expedida pelo Ministério Público Federal e Estadual às polícias rodoviárias com uma série de medidas para garantir a segurança de romeiros que participam de festas religiosas, evitando acidentes, muitos deles fatais.
Fonte: Santuário de São Francisco - Canindé

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