Um dos protagonistas do show elevou um preservativo como se fosse uma hóstia, enquanto repetia palavras que evocavam as da consagração eucarística, em ato que revela pequenez cultural sem igual e manifesta a deriva da inteligência para a qual a crise moral está conduzindo.
O cardeal vigário Agostino Vallini, ecoando a indignação dos fiéis, deplora com firmeza o incidente e expressa “sofrimento pelo fato de que exibições dessa categoria, insufladas por uma hostilidade contra a religião e contra os sentimentos mais vívidos do povo, se insiram num espetáculo musical que há anos pretende celebrar a festa dos trabalhadores. Será que este é o modo de manifestar a própria solidariedade aos desempregados e de se enfatizar a necessidade de um relançamento das políticas de trabalho em nosso país?”.
“É lamentável constatar, com tristeza”, prossegue Vallini, “esta nota dissonante que se eleva do palco de uma manifestação musical, convidada a oferecer apenas exibições que elevam ao que é nobre, sabendo-se que também na música, amada pelos jovens, se manifesta o anseio pela beleza e pelo absoluto. Também entristece ver que mais uma vez a religião cristã é um alvo fácil nas manifestações públicas e nas telas de televisão”.
“É intolerável assistir a gestos que ofendem a sensibilidade de milhões de crentes naquilo que eles têm de mais precioso e amado, e que ferem o sentido mais autêntico do conviver social. E é doloroso assistir ao silêncio dos animadores e dos promotores das manifestações que serviram como contexto para tal anti-exemplo de inteligência, de bom gosto e de respeito pelas pessoas”.
Fonte: Agência de Notícias Zenit
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