sábado, 22 de março de 2014

Esses dias em que a Igreja nos oferece o tempo penitencial da Quaresma, a Campanha da Fraternidade surge como um convite a refletir sobre o sentido de uma verdadeira conversão. Não uma conversão exterior e imediatista, mas algo mais profundo e que nos leve a sentir também a dor do outro. 

Desde a quarta-feira de cinzas, a Igreja e todas as suas comunidades tem refletido a temática do tráfico humano através do tema da CF 2014, "Fraternidade e Tráfico Humano" e o lema: "É para a liberdade que Cristo nos libertou". Vários fiéis têm-se reunido nas famílias para refletir esse mal que assola a sociedade. No Bairro Pantanal, não é diferente: grupos têm-se reunidos nas casas para rezar, agradecer ao Senhor pelas bênçãos concedidas e procurar entender a questão do tráfico de seres humanos, em suas mais diversas modalidades. 

Preparação
 Para partilhar um pouco mais da temática abordada na Campanha da Fraternidade e envolver ainda mais a comunidade, foi realizado encontro de formação, que contou com a participação de lideranças, jovens, adultos e crianças. 

Encontros nas famílias

A partir do que foi estudado, comentado e questionado, grupos foram criados para dar continuidade ao trabalho nas casas, reunindo famílias e seus vizinhos, aumentando ainda mais a abrangência da campanha da Igreja do Brasil. Segunda, terça e quarta-feira são realizados esses encontros e na quinta-feira todos encontram-se na Comunidade para a celebração da Santa Missa: um momento importante e que marca a vida do povo de Deus daquele bairro.

E o trabalho de reflexão nas casas não pára por aí: os frutos são uma melhor participação nas Missas e celebrações da Palavra, que acontecem aos domingos. Lá, têm a oportunidade de escutar a Palavra de Deus, buscando praticá-la e preparar-se melhor para a Festa da Páscoa. 

Via-Sacra
Completando esse ciclo de reflexão, os fiéis da Comunidade Santa Luzia têm a oportunidade de às sextas-feiras refletirem e vivenciarem os últimos momentos de Jesus. Inicialmente, as estações da Via-Sacra eram rezadas na igreja local, mas a coordenação percebeu que aquele momento tão único seria melhor vivenciado junto àquelas pessoas que não participam da Comunidade, que não vão às missas da comunidade nem participam de sua vida. 

O resultado disso é que as 15 estações são celebradas nas ruas, nas esquinas do Bairro - atendendo ao anseio do Papa Francisco da Igreja não ficar fechada em si. E aos poucos, aqueles que nunca foram à Igreja vão vendo o verdadeiro rosto da Igreja e às vezes mesmo sem juntar-se ao grupo, rezam um Pai Nosso ou uma Ave-Maria de suas portas, cantam o refrão de um canto ou aproximam-se para rezar junto. 

A idéia é que todas as rua do Bairro sejam contempladas com essa iniciativa.

Fotografia: Lourival Albuquerque / Elinete Gomes / Andréia Santiago
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