quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O Núncio Apostólico em Damasco, Dom Mario Zenari, fala de uma Síria “totalmente banhada de sangue”, uma “dor transversal que atinge todas as minorias religiosas”. Dom Zenari confirmou a fuga de mais de mil famílias, após três dias de ofensiva do autoproclamado "estado islâmico" nos povoados próximo à fronteira com a Turquia. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, por sua vez, confirmou nesta quinta-feira o sequestro de pelo menos 220 cristãos assírios. A ação ocorreu em áreas ocupadas pela minoria cristã, próximas à cidade de Hasaka, controlada pelos curdos.

Para o Diretor da Rede Assíria de Direitos Humanas, com sede na Suécia, Osama Edward, os sequestros estão relacionados às recentes perdas de território dos jihadistas na região, como resultado dos ataques aéreos realizados pelas forças aliadas. "Eles pegaram reféns para usá-los como escudos humanos", afirmou Edward à agência de notícias France Press.

Os Estados Unidos e as Nações Unidas condenaram o sequestro em massa – o primeiro do tipo no país devastado pela guerra – e exige que os reféns sejam soltos. "O último ataque do EI à minoria religiosa é mais uma mostra de seu tratamento brutal e desumano a todos aqueles que discordam de suas metas desagregadoras e de suas crenças nocivas", afirmou a Porta-voz do Departamento americano de Estado, Jen Psaki.

Em nota, o governo brasileiro também condenou os ataques, reiterando "total repúdio a quaisquer atos terroristas ou de violência, em especial àqueles direcionados a pacíficas populações civis", afirmou o Itamaraty.

Na foto, cristãos em fuga na Província de al-Hasaka

Fonte: Rádio Vaticana
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