Depois que o Papa visitou a ilha de Lampedusa e classificou a morte de milhares de imigrantes que morrem tentando cruzar o Mediterrâneo de “vergonha”, a empresária italiana Regina Catrambone, que mora na ilha de Malta, comprou um barco e o equipou para missões de resgate.
Com os olhos fixos no horizonte, a italiana e seu marido americano, Christopher, se tornaram “sentinelas” do Mediterrâneo graças ao Phoenix-1, um ex-pesqueiro de 40 metros. Agora o primeiro barco de imigrantes operado de forma privada, tem lanchas em suas bordas, drones e todo o material de sobrevivência necessário para socorrer quem está em risco de morte.
A bordo do Phoenix-1 vai uma equipe médica especializada, marinheiros e pessoal de primeiros socorros. Com uma autonomia de seis horas de voo, os drones têm sistema de infravermelho que permitem a visualização noturna.
A ideia surgiu quando estava em um cruzeiro nas costas da Líbia e Regina viu algo flutuando que parecia um bote.
— Quando perguntei ao capitão o que poderia ser, ele se entristeceu e respondeu que certamente se tratava de algo levado por algum grupo de imigrantes que a cada semana se afogam nessas águas — disse Regina.
Depois, veio o chamado do Papa, que por várias vezes qualificou a área situada entre as costas da Líbia, da Tunísia, de Malta e de Lampedusa como um verdadeiro “cemitério marinho”. Segundo a agência europeia de fronteiras Frontex mais de 153 mil imigrantes cruzaram o Mediterrâneo entre janeiro e outubro deste ano, mais de 3 mil morreram na tentativa.
— Foi uma autêntica comoção escutar Francisco evocar os “ultimi”, essa pobre gente que ninguém quer, e o chamado que lançou para quem pudesse ajudar seus irmãos a não morrer — disse a nativa de Reggio Calabria, profundamente católica, como seu marido.
O casal, proprietário do Grupo Tangiers, seguradora de risco, decidiu comprar o barco em Virginia, levá-lo para Europa, restaurá-lo e investir milhões de dólares de sua fortuna pessoal para criar a Fundação MOAS (Migrant Offshore Aid Station, ou Estação de Ajuda a Migrantes no Mar).
Desde agosto, Phoenix-1 fez três missões, no total de uma a cada 60 dias. Cada vez que a tripulação identifica uma embarcação, lanchas ultrarrápidas levam água potável, alimentos, coletes salva-vidas, alimentos remédios. Ao mesmo tempo, avisam eles ligam para as autoridades.
— Se estão em perigo os recebemos a bordo para os primeiros socorros. mas de nenhuma maneira os levamos para terra, para não sermos acusados de imigração ilegal. — diz María Luisa, filha de Regina que também ajuda na Fundação.
Fonte: O Globo
Com os olhos fixos no horizonte, a italiana e seu marido americano, Christopher, se tornaram “sentinelas” do Mediterrâneo graças ao Phoenix-1, um ex-pesqueiro de 40 metros. Agora o primeiro barco de imigrantes operado de forma privada, tem lanchas em suas bordas, drones e todo o material de sobrevivência necessário para socorrer quem está em risco de morte.
A bordo do Phoenix-1 vai uma equipe médica especializada, marinheiros e pessoal de primeiros socorros. Com uma autonomia de seis horas de voo, os drones têm sistema de infravermelho que permitem a visualização noturna.
A ideia surgiu quando estava em um cruzeiro nas costas da Líbia e Regina viu algo flutuando que parecia um bote.
— Quando perguntei ao capitão o que poderia ser, ele se entristeceu e respondeu que certamente se tratava de algo levado por algum grupo de imigrantes que a cada semana se afogam nessas águas — disse Regina.
Depois, veio o chamado do Papa, que por várias vezes qualificou a área situada entre as costas da Líbia, da Tunísia, de Malta e de Lampedusa como um verdadeiro “cemitério marinho”. Segundo a agência europeia de fronteiras Frontex mais de 153 mil imigrantes cruzaram o Mediterrâneo entre janeiro e outubro deste ano, mais de 3 mil morreram na tentativa.
— Foi uma autêntica comoção escutar Francisco evocar os “ultimi”, essa pobre gente que ninguém quer, e o chamado que lançou para quem pudesse ajudar seus irmãos a não morrer — disse a nativa de Reggio Calabria, profundamente católica, como seu marido.
O casal, proprietário do Grupo Tangiers, seguradora de risco, decidiu comprar o barco em Virginia, levá-lo para Europa, restaurá-lo e investir milhões de dólares de sua fortuna pessoal para criar a Fundação MOAS (Migrant Offshore Aid Station, ou Estação de Ajuda a Migrantes no Mar).
Desde agosto, Phoenix-1 fez três missões, no total de uma a cada 60 dias. Cada vez que a tripulação identifica uma embarcação, lanchas ultrarrápidas levam água potável, alimentos, coletes salva-vidas, alimentos remédios. Ao mesmo tempo, avisam eles ligam para as autoridades.
— Se estão em perigo os recebemos a bordo para os primeiros socorros. mas de nenhuma maneira os levamos para terra, para não sermos acusados de imigração ilegal. — diz María Luisa, filha de Regina que também ajuda na Fundação.
Fonte: O Globo
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