Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Pastoral da Aids e do Ministério da Saúde, lançou na manhã desta terça-feira, 29, na sede em Brasília (DF) a Campanha “Juntos podemos construir um futuro sem Aids”. A iniciativa busca além do incentivo a testagem precoce, fazer com que as pessoas comecem o tratamento imediatamente ao se descobrirem com HIV, estratégia fundamental para evitar danos à saúde e reduzir a transmissão do vírus. A ação tem como objetivo disseminar informações sobre a doença, as formas de prevenção e tratamento, aproveitando a ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no dia 1º de dezembro.
O evento de abertura teve a participação do bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da instituição, Dom Leonardo Steiner; do ministro da Saúde, Ricardo Barros; a diretora do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Drª Adele Benzaken, o Secretário Executivo da Pastoral da Aids, Frei José Bernardi e o assessor da Pastoral da Aids, Frei Luiz Carlos Lunardi. Também estavam presentes Ana Carolina Barbosa de Souza e o Padre Mauro Sergio Marçal, que recentemente assumiram estas funções na Pastoral da Aids.
“Esse cuidado em relação aos nossos irmãos e irmãs infectados pelo vírus da Aids merecem a nosso zelo”, declarou dom Leonardo. Ele recordou da atuação da Igreja com as pessoas que vivem com o vírus da Aids. “Nós como igreja percebemos que não bastava acolher, era preciso ir ao encontro, despertar, conscientizar e também fazer com que a sociedade depois com a ajuda do governo realmente despertasse para a questão tão grave que é a Aids”, disse.
Para o secretário executivo da Pastoral da Aids, frei José Bernardi, “a epidemia da aids é complexa, multiforme e não pode ser vencida por uma estratégia única ou por um só ator social. Por isso, vejo como muito importante que os agentes de pastoral da Igreja se envolvam nesse esforço para diminuir as taxas de incidência de HIV, que significa menos gente sofrendo com uma doença que pode ser evitada”.
Campanha
A campanha contará com o apoio de 11 mil paróquias em todo o país e o objetivo é fazer com que as pessoas comecem o tratamento assim que se descobrem com HIV. A meta do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) é, até 2020, tornar o número de novas infecções baixo a níveis não epidêmico cumprindo a meta 90-90-90: que 90% de todas as pessoas com HIV conheçam seu diagnóstico, que 90% das diagnosticadas sejam tratadas imediatamente, e que 90% das tratadas possuam carga viral indetectável e não possam mais transmitir o vírus.
“É importante ressaltar que o tratamento é gratuito no SUS e que as pessoas devem iniciar esse tratamento o mais rápido possível para conviver melhor com o vírus”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante o lançamento da Campanha.
O assessor da Pastoral da Aids, Frei Luiz Carlos Lunardi, afirma que as ações de cunho comunitário, das Pastorais, grupos e Movimentos da Igreja Católica tem contribuído significativamente na resposta ao HIV com ações entre populações mais vulneráveis. O trabalho no incentivo ao diagnóstico precoce e na motivação e acompanhamento para o tratamento tem sido intensivo pelos agentes das Pastorais.
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