As dioceses maranhenses de Zé Doca, Pinheiro, Bacabal, Brejo, Coroatá, Caxias do Maranhão, Grajaú e a arquidiocese de São Luís receberam, entre os dias 17 e 19 de fevereiro de 2017, o Seminário “Laudato Sí e Repam”, iluminado pela carta do papa Francisco Laudato Si’ (Louvado Sejas). O Seminário foi organizado pelo regional Nordeste 5 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela diocese de Zé Doca. Desde 2016 a Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) têm promovido Seminários como este nos regionais da CNBB na Amazônia Legal. Este foi o terceiro provido neste ano.
Além do contexto eclesiástico, o Seminário envolveu vários setores da sociedade civil, como organizações não-governamentais, escolas e os governos municipal, estadual e federal, com a finalidade de construir “sinais de esperança em relação ao meio ambiente e a preservação da casa comum”.
Participaram 120 pessoas, entre lideranças indígenas, sertanejos, ribeirinhos, quilombolas, pescadores artesanais, geraizeiros, quebradeiras de coco, moradores das cidades, lavradores, Pastorais Sociais, educadores, sociedade civil organizada, religiosos e religiosas, padres e bispos.
No final do encontro, os participantes publicaram uma Carta Compromisso na qual cobram “que sejam ouvidos os clamores dos povos que há séculos cultivam as terras, respeitando a biodiversidade e que mostram por suas práticas que há alternativas sustentáveis; que sejam discutidos projetos de desenvolvimento com as populações afetadas, mostrando todas as informações e os relatórios de impactos socioambientais, mantidos frequentemente em segredo, apesar da Lei de acesso à Informação e que o governo escute o povo mais do que discursem sobre seus planos e projetos”.
Os participantes também se propõem a fortalecer a Repam, criando um comitê regional com representação das dioceses e articulação regional Nordeste 5 da CNBB das pastorais sociais, com apoio do secretariado do regional; reconhecer e fortalecer as lutas locais nos territórios dos diferentes povos: indígenas, quilombolas, sertanejos, pescadores artesanais, geraizeiros, quebradeiras de coco, entre outros, e participar das manifestações sociais em defesa dos direitos dos trabalhadores e povos; dar atenção especial às lutas e iniciativas de mulheres com suas manifestações; assumir o cuidado com meio ambiente na preservação e na denúncia de toda e qualquer violência que venha ferir e matar os biomas maranhenses: Cerrado, Amazônia e Caatinga, com suas riquezas de biodiversidade humana, vegetal e animal na busca do Bem Viver; apoiar as juventudes na suas lutas e reivindicações por direitos e futuro digno.
Fonte: CNBB
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