O Catecismo da Igreja Católica, no nº 495, nos diz que a “Igreja confessa que Maria é verdadeiramente mãe de Deus”. Esta afirmação pode ser vista solenemente proclamada pelo Papa Paulo IV, no dia 7 de agosto de 1555, quando diz: “A bem-aventurada Virgem Maria foi verdadeiramente mãe de Deus, e guardou sempre íntegra a virgindade, antes do parto, no parto e constantemente depois do parto”. O que podemos entender desta afirmação? Qual é a fé da Igreja católica na maternidade divina de Maria?
A importância do dogma da maternidade divina
Porque Maria foi escolhida para ser mãe de Jesus, podemos deduzir os outros três dogmas marianos: Maria foi preservada do pecado original, em função de sua missão singular na história da salvação; ela permaneceu virgem em sinal de sua consagração radical ao projeto salvífico; e foi assunta aos céus em corpo e alma, em virtude de sua correspondência ímpar à vontade do Pai. A vocação de gerar a natureza humana de Jesus é singular e só pode ser entendida dentro das ações maravilhosas que Deus realizou em função de seu povo. A maternidade divina justifica, explica e fundamenta os outros dogmas marianos.
Maria, Theotókos
Este título apareceu dentro do pensamento teológico grego: mãe de Deus = Theotókos. Acredita-se que foi usado pela primeira vez por volta do século 3 a.C., por Orígenes, em Alexandria. Isto nos leva a crer que já existia uma tradição oral que usava esta palavra para qualificar Maria. Mais tarde, em 431, este título vai ser solenemente proclamado no Concílio de Éfeso. Nesta época, a Igreja enfrentava a heresia nestoriana, que afirmava que em Jesus existia a pessoa divina com a sua natureza divina e a pessoa humana com sua natureza humana. Nestório e os nestorianos diziam que Maria era mãe da pessoa humana. A doutrina do Concílio afirma categoricamente que Jesus é pessoa divina, com duas naturezas: a divina e a humana. Por isso, a Igreja conclui que Maria é mãe de Deus. Ela teria gerado a natureza humana que foi assumida pelo Verbo de Deus. Diz o CIC no nº 495, “Aquele que ela concebeu do Espírito Santo como homem e se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade”.
Maria, mãe de Deus
Assim, fica claro o que significa o título mariológico: se Maria é mãe, ela não é mãe de uma natureza, mas de uma pessoa. Ora, a pessoa a quem Maria deu à luz é a única pessoa do Verbo de Deus. Logo, Maria é mãe de Deus. É claro que a Igreja não afirma que Maria criou ou gerou a natureza divina. Todavia, no momento em que ficou grávida, gerou a natureza humana unida a pessoa divina, e quem nasceu foi Jesus, Deus feito homem.
Razões da maternidade divina de Maria
O CIC, do número 503 até o 507, apresenta para nós cinco razões para que Maria se tornasse a mãe de Deus. A primeira razão é para revelar a iniciativa absoluta de Deus na encarnação. O homem nunca poderia se arrogar este poder de trazer Deus até ele. Mas, Deus teve condescendência com a humanidade e se encarnou no seio de Maria para nos salvar. A segunda razão é que sendo Jesus o novo Adão, sua humanidade está repleta do Espírito Santo. Maria é vista como a nova Eva, a mãe do homem novo que vai vivificar os outros homens mortos no pecado. A terceira razão é para mostrar que, assim como Jesus nasceu de uma concepção virginal, assim os homens participarão da vida divina por pura gratuidade de Deus. A virgindade de Maria é sinal de sua fé e de sua doação no cumprimento da vontade de Deus – esta é a quarta razão. Por fim, a última razão é que a maternidade de Maria é um símbolo da maternidade da Igreja. A Igreja é chamada na sua fé e doação a gerar novos filhos de Deus pela pregação e pelos sacramentos.
Para aprofundar...
Consultar o CIC números 487, 495, 502, 503, 504, 505, 506 e 507; o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, pergunta 95; e, o capítulo 8 da “Lumen Gentium”.
A importância do dogma da maternidade divina
Porque Maria foi escolhida para ser mãe de Jesus, podemos deduzir os outros três dogmas marianos: Maria foi preservada do pecado original, em função de sua missão singular na história da salvação; ela permaneceu virgem em sinal de sua consagração radical ao projeto salvífico; e foi assunta aos céus em corpo e alma, em virtude de sua correspondência ímpar à vontade do Pai. A vocação de gerar a natureza humana de Jesus é singular e só pode ser entendida dentro das ações maravilhosas que Deus realizou em função de seu povo. A maternidade divina justifica, explica e fundamenta os outros dogmas marianos.
Maria, Theotókos
Este título apareceu dentro do pensamento teológico grego: mãe de Deus = Theotókos. Acredita-se que foi usado pela primeira vez por volta do século 3 a.C., por Orígenes, em Alexandria. Isto nos leva a crer que já existia uma tradição oral que usava esta palavra para qualificar Maria. Mais tarde, em 431, este título vai ser solenemente proclamado no Concílio de Éfeso. Nesta época, a Igreja enfrentava a heresia nestoriana, que afirmava que em Jesus existia a pessoa divina com a sua natureza divina e a pessoa humana com sua natureza humana. Nestório e os nestorianos diziam que Maria era mãe da pessoa humana. A doutrina do Concílio afirma categoricamente que Jesus é pessoa divina, com duas naturezas: a divina e a humana. Por isso, a Igreja conclui que Maria é mãe de Deus. Ela teria gerado a natureza humana que foi assumida pelo Verbo de Deus. Diz o CIC no nº 495, “Aquele que ela concebeu do Espírito Santo como homem e se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade”.
Maria, mãe de Deus
Assim, fica claro o que significa o título mariológico: se Maria é mãe, ela não é mãe de uma natureza, mas de uma pessoa. Ora, a pessoa a quem Maria deu à luz é a única pessoa do Verbo de Deus. Logo, Maria é mãe de Deus. É claro que a Igreja não afirma que Maria criou ou gerou a natureza divina. Todavia, no momento em que ficou grávida, gerou a natureza humana unida a pessoa divina, e quem nasceu foi Jesus, Deus feito homem.
Razões da maternidade divina de Maria
O CIC, do número 503 até o 507, apresenta para nós cinco razões para que Maria se tornasse a mãe de Deus. A primeira razão é para revelar a iniciativa absoluta de Deus na encarnação. O homem nunca poderia se arrogar este poder de trazer Deus até ele. Mas, Deus teve condescendência com a humanidade e se encarnou no seio de Maria para nos salvar. A segunda razão é que sendo Jesus o novo Adão, sua humanidade está repleta do Espírito Santo. Maria é vista como a nova Eva, a mãe do homem novo que vai vivificar os outros homens mortos no pecado. A terceira razão é para mostrar que, assim como Jesus nasceu de uma concepção virginal, assim os homens participarão da vida divina por pura gratuidade de Deus. A virgindade de Maria é sinal de sua fé e de sua doação no cumprimento da vontade de Deus – esta é a quarta razão. Por fim, a última razão é que a maternidade de Maria é um símbolo da maternidade da Igreja. A Igreja é chamada na sua fé e doação a gerar novos filhos de Deus pela pregação e pelos sacramentos.
Para aprofundar...
Consultar o CIC números 487, 495, 502, 503, 504, 505, 506 e 507; o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, pergunta 95; e, o capítulo 8 da “Lumen Gentium”.
Pe. Vitor Gino Finelon
Vice-diretor das Escolas de Fé
Mater Ecclesiae e Luz e Vida
Vice-diretor das Escolas de Fé
Mater Ecclesiae e Luz e Vida
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